Escrevo

Para passar a dor

Dor desta vida

Qualquer dor atrevida

Que me abala.

Numa bala perdida

Não causa dor e morte em vida

Escrevo bobeira

Para brincar-me.

De enganar-me

Escrevo para escreve-me loucamente

De verdade que se mente

Se for semente bem plantada.

Ás vezes comportada

Armada da vida

Vontade de virar tudo de cabeça

Viro poema de doida cabeçuda.

Não de esmolar cabelos de amor

Escrevo mesmo!

O amor é de graça

Cheio de Graça.

Graças a Deus

Saio sorrindo do talento maluco

Sem horas do relógio cuco

Escrevo com as pontas dos dedos.

Livremente de asas nas mãos

Sem vírgula e ponto final

Afinal! sou eu

Quem escreve-me.

Anna Lucia Tavares
Enviado por Anna Lucia Tavares em 13/08/2020
Reeditado em 13/08/2020
Código do texto: T7033954
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