Quando ninguém mais estar

Me alimento das metáforas do tempo.
Das coisas indizível que escapam da razão científica.
Essa linguagem empírica que chega em meus ouvidos e escapam dos olhos transforma pedras em espinhos, flores em poesia, eco em saudade, aço em marcas.
Quase sempre guiada pela intuição podia assistir o surreal, o pôr do sois parir nos quatros cantos ao abrir o portal da alma.
E neste encontro casual dos horizontes o mar dança melodias e as ondas acariciam o céu. E eu sempre tão sua, enobrecida pela sua graça.
Neste vazio estrelado a sua voz me preenche com esse canto que chama, ao toque de uma flauta doce, eu te escuto quando mais ninguém estar.
Sentia como um satélite banhado das expectativas e as vezes um peixe de última espécie, amando a chuva com apenas uma gota d'água.
Assim foi alinhados os desejos na órbita, vinte quatro horas, todos os nossos sonhos em apenas uma linha de um parágrafo.
Eu era a estrela que sempre partia...
E dentro dos segundo sempre presente.
E você o mundo, e a minha forma humana permite condições de beijar teus olhos, fazer poesias enquanto laços teus sapatos antes seguir o caminho de outras galáxias.