Aquilo que nos toma por inteiro, sem rodeio.
Fecho os olhos,
Dor no peito,
A navalha corta de qualquer jeito.
Um corte de um canto a outro faz surgir o sintoma.
Aquilo que nos toma,
Por inteiro, sem rodeio.
Vai e vem, vem e vai,
Contornando o corpo
Numa dança infinita.
Nos pegamos por vezes aflitas,
Pela palavra que não foi dita.
Sintoma, hematoma,
O real nos toma,
Amplifica a angústia que antes estava contida.
É em vão os esforços para que ninguém perceba,
aquilo que na alma está a suceder que pelo sintoma deixa transparecer.