Lábios da dor
Cantos obscuros da mente
A alma se despedaça
Procurando não sei que fio
Que ata uma vida à outra
A paz momentânea
Sensação boa de torpor
Desabar no abismo profundo
Beijar os lábios da dor
Divagar sob a densidade das nuvens
E a fluidez da pele
O toque morno e leve da liberdade
Nos cabelos, uma borboleta a voar
O ar entrecortado sufoca
O prenúncio do que poderia ser
Sinto nos poros e no sangue
A insana arte de viver