Busca

Deixei o tênis na porta e entrei

Num lugar que é deserto

Já passaram muitos por lá

Todos descalços

Percorrendo aquelas estrelas

Olhando a vida de um ponto imaginário

Que é o tempo onde se distrai da vida

E se é engolido por histórias

Inventadas fora dos caminhos

Reais, palpáveis, certeiros

É um grande incerto

Em que os vagantes deixam-se soltos.

Que mundo encontraremos depois dos infinitos

Continuação enigmática quando não se existe um fim

Agora só se pode ir sozinho

Depois não se sabe

Fazemos laços com outras almas

Neste mundo pequeno demais

E grande demais

Vamos conhecendo e desconhecendo

Buscando um sentido

Nessa Terra cheia de avessos

Visitamos nosso deserto

Quanta sede de vida

Abrir os olhos

Um copo de água

Um rio

Um mar

O Oceano.