AMOR CATIVO
Sigo os trilhos da vida ainda sereno
O mundo parece ser tão pequeno
Obsoleto, impróprio pois fica
Infundada a antiga pergunta.
Cadê, onde, como, porque?
Teorema crú e desconhecido
Formatos de estranhos dogmas
Desmedida incompreensão.
Que ao fechar os olhos
Pergunta-se cadê você;
Que ao reler suas cartas
Vejo suas teorias profanas.
Onde foi que nos perdemos,
Como deixamos isso acontecer
Por que ainda me nega
Tuas palavras e tuas mãos.
Ausência que faz doer
Na distancia tenta entender
Mas a lembrança pequena
Faz a alma se acalmar.
Lembrança do beijo quente e vivo
Do abraço cativo e amigo
Do colo no teu canto preferido
Do teu livro ainda não lido.
E hoje ja não me importa
olhar e rever fechada esta porta
que um dia por ela você saiu,
coração sangrou feriu.
E na lembrança de teu perfume
No olvidar da outrora
Não reclamo o quanto eu sofri
Só me vale o quanto amei e vivi.
Amor este, do mais bruto diamante
Se fez audaz se fez amante
Amor que foi tão fugaz
Hoje só lembrança e nada mais.
Amor que era puro e constante
Preferiu se aventurar,
Preferiu ficar distante.