Palavras Lançadas
Deixe as minhas palavras voarem como lanças, até que a ponta da caneta sangre versos brancos, encharcados de sentimentos vermelhos.
Em cada metáfora o coração resiste, insiste em sobreviver há todo o caos da mente.
Para sanar as feridas escritas, tecidas em meio à alegria da vitória e da dor da desilusão. Caminhamos ermos.
A esperança ainda é imatura, é só uma semente;
mas quando essa intensidade é reprimida, e não germina.
Ela nos consome por dentro, devorando os resquícios de crença no amor; desse sentimento desvaecido.
Os lábios renunciam o beijo, regurgita os verbos, a boca se abre apenas para lançar os escarros.
Uma voz sussurrada em tom de luto, implorando por algo que já fora perdido.