POPULUS, SURGE ET AMBULA
(Em vésperas duma campanha eleitoral)
Sentei-me na soleira do país
a ver passar o vento, a ver passar
caudais de tempo e noites sem luar,
esperando que a flor brote da raiz.
Seja narciso, rosa ou flor de lis,
mesmo de cardo agreste, asperja no ar
um perfume capaz de despertar
este povo reumático e infeliz.
Miremo-nos no espelho. Quem traçou
os caminhos do mar, achou o mundo
escondido na bruma e estilhaçou
grades, algemas e o torpor imundo?
Poemas são clarins. Com eles vou
reconquistar convosco o mar profundo.
(Em vésperas duma campanha eleitoral)
Sentei-me na soleira do país
a ver passar o vento, a ver passar
caudais de tempo e noites sem luar,
esperando que a flor brote da raiz.
Seja narciso, rosa ou flor de lis,
mesmo de cardo agreste, asperja no ar
um perfume capaz de despertar
este povo reumático e infeliz.
Miremo-nos no espelho. Quem traçou
os caminhos do mar, achou o mundo
escondido na bruma e estilhaçou
grades, algemas e o torpor imundo?
Poemas são clarins. Com eles vou
reconquistar convosco o mar profundo.