Bruxas

Chegou a noite, o tempo das bruxas.

Levantem-se, óh! Oprimidos!

Mulher que te preza, faça-te sagrada

de símbolo e reza; guerreira armada.

Dá de teu seio o poder que em ti habita

e de teu útero o anseio por magia e vida.

Venha pobre, escravo, escória, imundo,

pois em ti também há pedaço de mundo.

Se lhe roubam dinheiro, força e autoridade

viva de amor, de feitiçaria e liberdade.

Pois chegou a noite, o tempo das bruxas.

Levantem-se, óh! Oprimidos!

Juntem-se a nós senhoras e senhores,

antes e após a guerra aos teus superiores,

pois no ascender do nosso Deus do Fogo

ancestrais são invocados ao nosso povo.

Venham! Pela Chama ígnea e pela luz das estrelas

caminhem de mãos dadas, pois no caminho há ratoeiras.

Venham ratos, vermes, monstros e baixaria

encontrem-se em si, encontrem a bruxaria.

Pois chegou a noite, o tempo das bruxas.

Levantem-se, óh! Oprimidos!

Eles querem o genocídio e aos nossos a caça:

Expulsam-nos da terra, mas a Terra é nossa pátria.

Invadem nossos lares, mas o Céu é nosso teto

e nossa religião é a liberdade, é o que é certo!

Então, filho do Sangue, levanta-te!

Levanta e entoa o feitiço das labaredas:

Na minha mente cresce liberdade;

com alma e mãos construo fortalezas.

Pois a noite já chegou, e é nossa vez de caçar.

Levantem-se, óh! Bruxas!

Levantem-se, óh! Bruxas!

Lucas Häkkan
Enviado por Lucas Häkkan em 08/08/2020
Reeditado em 10/10/2020
Código do texto: T7029704
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