ALIMENTO DA ALMA

Basta-me apenas sonhar

Embora ter que chorar

Tantos sonhos em vão...

Não importa o que passou

Isso o tempo levou...

São coisas do coração!

Eu também sou filho teu

Universo! Me esqueceu?

Estou aqui, vou lembrar:

Desde o dia em que nasci

Sinto que me perdi...

Não consigo me encontrar!

Esbarrei em tantos planos

Tropecei em quantos danos

Em demasia eu chorei

Implorei o teu olhar

Gritei pra te acordar...

Mesmo assim não te achei!

O’ Pai dessa imensidade

Em termos de afinidade

Quisera apenas te imitar

Nem que fosse só de longe

Pudera eu ser um monge

E assim te acompanhar!

Perdoa-me a insensatez

Talvez não chegue minha vez

De conhecer-te: Meu Pai!

Sou um pecador miserável

Desses, um inconsolável,

Uma vez mais, perdoai!

Dá-me tão somente a certeza

Conforto, paz e grandeza,

Sensibilidade e utopia,

Não deixes nunca morrer

Enquanto eu tiver que viver

Meu alimento: A Poesia!

Oliveira Vilma
Enviado por Oliveira Vilma em 07/08/2020
Código do texto: T7029028
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