A SAUDADE

Na madrugada comprida
a saudade ganha vida.
Se aproxima sorrateira,
se insinuando atrevida...
Quer ser minha companheira,
quer que eu lhe dê guarida.

Não a quero, não, por perto,
pois ela é qual um deseerto
matando de sede quem ama.

Não me fale da saudade,
ela é um fogo  qu'inda arde,
nunca apaga sua chama.