CANÇÃO EM FORMA DE SONETO
Lenço branco agitado sobre o cais,
doçura gasta, flor emurchecida,
carvalho que ficou à beira-vida
chorando folhas para nunca mais...
Música estilhaçada de cristais,
lágrima trémula de amor perdida
no horizonte da hora prometida,
ave caída para nunca mais...
Cabelos de ouro que apagou o vento,
beijo que não se deu, cinza espalhada,
fumo esvaído para nunca mais...
Eco distante do último lamento...
E o teu olhar de coisa abandonada
– porta cerrada para nunca mais...
Lenço branco agitado sobre o cais,
doçura gasta, flor emurchecida,
carvalho que ficou à beira-vida
chorando folhas para nunca mais...
Música estilhaçada de cristais,
lágrima trémula de amor perdida
no horizonte da hora prometida,
ave caída para nunca mais...
Cabelos de ouro que apagou o vento,
beijo que não se deu, cinza espalhada,
fumo esvaído para nunca mais...
Eco distante do último lamento...
E o teu olhar de coisa abandonada
– porta cerrada para nunca mais...