DUELO DE SENTIMENTOS

Eu, dar amor, já não dou. Mas, ele existe.

Pois, que em mim ainda não chegou...

Revesti-o de paisagens tristes

Que eu, dar amor, já não dou.

Eu, cantar, já não canto. Mas, o cantar é belo!

Eleva a alma – suave acalanto

Quisera estar contigo – sempre e anelo

Que eu, cantar, já não canto.

Eu, outonos e primaveras – solitários

Reprimo no abandono meu vazio

Corro ao sol – vejo outro cenário

Que jamais terei – morro de frio...

Eu, agosto, já não tenho. Mas, tu agosto

Vens com tuas mãos agourentas...

Prostrar meu olhar – só de desgosto

Que eu, agosto – visto essa cor cinzenta...

Que eu, amor já não dou...

Cantar, já não canto...

Ter a primavera – ser como as flores

Mas, se não amo – me desencanto

Como hei de viver sem as dores?

Num paraíso de amor, sem nenhum pranto!

Oliveira Vilma
Enviado por Oliveira Vilma em 06/08/2020
Código do texto: T7027981
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