abandono
desisto da antiga saudade como a luz do dia desiste da noite.
sem piedade, jogo fora todos os nomes guardados no coração
como quem, do chão
arranca a erva daninha.
deixo, porém, este cheiro de terra fresca da minha cidade
úmida e fértil.
espero que o tempo passe neste barco que leva as horas
para longe - e que não volta.
nunca sei:
a saudade é um pássaro imprevisível!