Poema insinuante
Ensaio soletrar um poema, um verso insinuante; Mas ele não vem,
são tantas palavras, e nenhuma delas se encaixa,
Escrevo, apago, reescrevo você numa folha branca com pétalas
desenhadas de uma rosa, rosa simbólica, sou eu na cor de uma flor
do amor. Parece que encontrei, e assim vamos escrever...
Escutará a minha voz no silêncio com um toque de ilusão
para mesclar nossa composição.
Sinto o aroma da terra em dias de chuvas, nela me solto, pisando
nas ruas de barro, solto com alegria a força da vida, cheiro mato,
terra molhada, seca? Nem sei.
As flores e folhas rolam delicadamente pelo chão, parecendo
sonhos antigos que se desprenderam com o tempo.
Atrevo-me nesse medo palpável à misturar novas sensações.
Pode ser amor se ajeitando para subir à superfície com outra cor.
Seria um bronze das praias de algum lugar,
que banharam minha alma. Volto no teclado, na tela
que não está mais vazia... Um poema, esboço de poesia, quem sabe
esse é o sinal do despertar para um novo dia, cheguei aqui,
depois de muito tempo, sabia que você viria.
Quem estava indecisa, era eu, corroborei com a coragem,
ao um amor acenando, novo em folha, dei passagem.