vulto
a linha de agonia desce colorindo
as pedras, escorre em delgadas
silhetas de passagem, reina
em sua descida, fresca, breve
inteira, na luminosidade de
um sol ensolarado, silenciando
a vertigem, precipício que nos
entorta,mas nem por isso,
bagos de medo, apenas
o sopro se aparando na platibanda
do nada, pássaros, formigueiros,
bicho da seda a tecer alguma
esperança, quanto ao inferno,
deixe ele queimar o que já foi
e teima que ainda vive,
logo nascerá o vulto que
lhe aguarda e o sol que lhe
dará a sombra.