Só, Lua

Só, Lua

E hoje que sou Lua

consigo entender melhor a escuridão,

a solidão e os desfiladeiros.

Compreendo a sensibilidade da noite,

os temores do desconhecido ao viajor

Divagações sem respostas.

Hoje que sou Lua

percebo a fragilidade do tempo,

que tudo está fadado a acabar.

A relação das lágrimas com a solidão

As indas e vindas dos ventos de agosto

Inquietações do coração humano.

Somente sendo Lua,

Acompanho a tormenta dos insônios

Também o sono leve dos pequeninos

E enquanto a terra gira

A natureza vai cumprindo o seu papel

Algumas coisas não são como deveriam

Isto são resquícios da minha humanidade

Mas agora, sou só, Lua.

Victor Cunha

@c.vict0r

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 04/08/2020
Código do texto: T7026032
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.