alma seca

alma cansada

poeira de estrada íngreme!!

parafuso em função

destituído de beleza

estéril de poesia

arcabouço oco

sem ares

alma cansada

anêmica

solapada

anestesiada pelo calor

de estar sozinha

sempre só

com o cheiro do perfume do desprezo

crônico atônito

vômito das horas que não passam

se alastram

como um tédio que perfura

sangra,

minha alma seca deserta

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 02/08/2020
Reeditado em 16/05/2021
Código do texto: T7024411
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