MINHA COVA

A minha cova não é nada profunda
Oposta ao morto, é doce e rasa
Porque dela hei de levantar na graça
Para brincar num prado de espuma.

A minha cova é sim uma criança
Porque é nela que comerei ciladas
Brindando com vermes minha desgraça
Enquanto na terra as almas insanas.

É nessa cova que tudo se agita
Um brinde a ela e a todos os meus
Centauros fortes, crianças fugidias.

Vamos a Júpiter por meio dela
E a vênus, declarar ao Romeu
O quanto na terra fui tola e poética.

- Francielly Fernandes
- 02/08/2020
Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 02/08/2020
Reeditado em 11/10/2020
Código do texto: T7024008
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