ISOLAMENTO
ISOLAMENTO
Nesse isolamento anti-social
Tudo parece tão antigo
Vivo voltando ao passado
Visto que o presente é ausente
E o futuro parecer inexistente
Lembranças pululam sem parar
Desde o não soar de sinos na aurora
Até estrelas perdidas no firmamento
Surgem dias de praias
Beijos em esteiras
Conversas de bobeiras
Encontros marcantes que
Não foram marcados
Pratos saboreados com
Temperos exóticos
Papos furados solucionando crises
Em bares e botequins
De pés sujos e limpos
Aquele amigo que virou onça
Aquela chuva solitária
A secura d’outras estações
O alarido de muitos em conjunto
A solidão escolhida e não a obrigatória
A tempestade crescente
E de repente até um chamado
Já pra dentro moleque
E aqui dentro agora
Tudo é saudade
Até do que ainda não viveu