Epitáfio: nossa civilização

Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências
Patrono: Marechal João Batista de Mattos
Acadêmico: Mauricio Antonio Veloso Duarte
Cadeira: 56

Epitáfio: nossa civilização

Experiência desses mortos-vivos todos,
nosso homem contemporâneo estrebucha,
é preso entre o niilismo e a desesperança,
é um ébrio de fantasias degradadas...

Dejeto químico da humanidade,
essa ferrugem corrói, sim, inclemente,
a tal honestidade que ainda restava
nas consciências ou o que se dizia como isto...

Destroços de uma estrutura muito gasta,
cuja força é agora só uma maior tibieza,
aquela que não é resignação, não,
mas também não é positiva, ao contrário...

Exaltação dos penduricalhos do amor,
esse amor que é puro egoísmo, que não chega.
Nunca chega, não é nem hedonismo não.
Epitáfio: nossa civilização...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 01/08/2020
Código do texto: T7023582
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.