Tempo-vento

Há um tempo-vento "novo" soprando em presságios

De novas eras, artes... reformados adágios

O que fala essa voz de vento,

Que veloz e sonora viola ouvidos desatentos?

Não respeita o relógio quebrado

Não permite espaço para estágios

Não abre a ninguém, privilégios!

Todos, todos e ainda aquele... aquela...

Uma vez aqui, pagam-lhe pedágio.

Indiscreto elemento invisível

INSENSÍVEL tato "elefantídico"

Temperamental como os revoltosos mares

Teocrático, rompe telhados, tédios, teias

Este tempo-vento “novo” de anos milenares

Táctil, áspero... escorre pelos dedos... areias.

Ganhador de litígios

Disparado em galope

Não se para o relógio

Isso seria um sacrilégio

Apagaria da esperança, o último vestígio

É aí, nesse vão do meu não domínio

Que solto o leme e... náufrago...

Quase afogando, aprendo a voar.

JANET VITAL
Enviado por JANET VITAL em 31/07/2020
Reeditado em 12/08/2020
Código do texto: T7022235
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