Fora do Ar

De popa a proa, fora do ar, simplesmente vago, à toa.

Nas mãos, fotografias, na mente um medo.

Penso, afago, penso até que mereço,

e por mais que penso, ainda que lúcido vivo toda essa loucura,

que me pega de jeito nas curvas que faço minha procura.

Cego-me na cor, fecho os meus olhos

para o alheio e para os anseios meus,

tanto por dentro, tanto por fora, mas sei que em nós

o vento sopra, vento sul, vento norte que vem

da solidão do tempo e dos momentos, de uma sala

empoeirada de saudade, que em algum lugar,

invadiu minha mente, roubando-me o tempo que olho e não

esqueço, tanto tarde, tanto cedo, tanto morro,

tanto vivo, tanto fez, tanto faz o muito que cedo.

Sentado ficarei esperando e quando me cansar, levantarei e

continuarei nas fotografias do tempo, simplesmente vagando,

de um lado a outro, olhando.

Ó cansaço, antes do derradeiro que me espera,

um dia te vencerei, e a felicidade se por justiça ou piedade,

alcançarei.

Mário De Oliveira RSA
Enviado por Mário De Oliveira RSA em 31/07/2020
Código do texto: T7021842
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