Despertando das sombras
Absorto em caligens
Quisera a persona
Não mais refugiar a consciência
No limbo das certezas vãs
Entrevidas
Conhecerás o teu limitado quadrado
Do espectro de ação que o cerca
E o encobre no véu de maya
Ao avistar
Só a fé, verticalizará
Cessando com toda a fonte do temor
E com todo o fervor
Desintegra-se no breu
Para atravessar as veredas d'alma
Iluminando as sobras das sombras
Que o fizeram naufragar
No ciclo de mortes e nascimentos
O ser se entregará
A genuína regência
Ao adentrar nessa solitude
O vislumbre de toda beleza oculta
E o som do divino éter
Entrepostos, em todo o varal de estrelas
E nesse profundo negrume
Que poucos ousam cruzar
Encontrarás as sinuosidades de todos os abismos que nos habitam
Nesse ferrenho mar de escuridão que guarda toda a luz
Ah! Calma
Após a abertura do coração
A alma se integra na vastidão das tríades
Tornando-se uno na orquestra da vida
E por detrás dos bastidores
Que tudo rege
Serás guiado pelo silêncio que se expressa no anonimato
E tudo engendra
Nesse parecido vale do nada
Do não-manifesto
Que estás para além de todo sono
Sonho e do estado de vigília
A alquimia do hexagrama
Resplandecerá dentro do templo
E nessa unção da junção
Na terra e no céu, estarás consagrado
E o fogo sagrado, despertarás o que tu és
Espírito ...