Mentiras catalogadas

A despedida é um compêndio

De mentiras catalogadas

Desde o “foi bom estar com você”

Até o fim do incêndio

O plágio do infinito enquanto durou

Até às mentiras deslavadas

O tempo pedido é tempo passado

Revela às pressas, o que demorou

Nunca é apenas criar hiatos

Pois nunca se separa sem elos

Despedida é uma soma de paradoxos

Que guarda entre dois fatos

A linha pênsil entre dois paralelos

Nunca mais se encontram, é o ortodoxo

Mentir na despedida é também convencional

Pois mil anos tem o até a vista

E o apareça, talvez nunca aconteça

A mentira é o começo do final

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 29/07/2020
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