Mentiras catalogadas
A despedida é um compêndio
De mentiras catalogadas
Desde o “foi bom estar com você”
Até o fim do incêndio
O plágio do infinito enquanto durou
Até às mentiras deslavadas
O tempo pedido é tempo passado
Revela às pressas, o que demorou
Nunca é apenas criar hiatos
Pois nunca se separa sem elos
Despedida é uma soma de paradoxos
Que guarda entre dois fatos
A linha pênsil entre dois paralelos
Nunca mais se encontram, é o ortodoxo
Mentir na despedida é também convencional
Pois mil anos tem o até a vista
E o apareça, talvez nunca aconteça
A mentira é o começo do final