Do Parafuso
Do Parafuso
Quando ela surgiu e seu olhar de neblina
rompeu na cortina do mistério e me viu,
um menino floriu em minha alma-menina;
brincou na rotina de uma tarde senil.
Na rosca da vida (espiral do coração),
parafuso no chão foi a senha escolhida
pela paz, caída nos vales frios da razão,
pra subir e, então, me trazer nessa subida.
Subindo dentro de mim, na escada de paz,
cheguei num trampolim...na mola da alegria;
e, sorrindo, assim, enquanto ela sorria,
senti, sem espanto, o que o sorriso faz :
subir no encanto do mais levíssimo gás;
subi, subi tanto até não ser quem subia.
20-01-19
Torre Três