Inconsistência
E no epicentro de nós mesmos,
Brindaremos a nossa desimportância
Sob a luz das estrelas
Que brilham por obrigação
Nessa noite vazia e distante.
Questionaremos toda essa nossa inconsistência,
Da qual só se extrai a dor e a poesia,
Mais nada.
Nos sentaremos à mesa
Com todos os fragmentos
Daquilo que sobrou de nós,
E ansiaremos por dizer
Palavras que não virão à boca.
Nesse momento, quem sabe,
Não conseguiremos compreender que a esperança,
Além de linda e apesar de instável,
É necessária.
Mas enquanto isso,
Eu me apoio nesses versos
Para não sucumbir à melancolia
Dessas noites tristes.