Amor antigo



 
Recordo quando as frestas 
para a lua
era um sonho distante de se realizar,
fechada em meu mundo, iludida,
quando a visão se tornou possível,
ele havia partido.

Eu prisioneira de um amor antigo, livre,
não  queria mais o brilho da lua, das correntes
não queria me soltar.

Às  vezes sinto medo de reviver, coisas
que preciso urgente esquecer,
quem responde
é o meu corpo esquecendo-se da alma,
querendo voltar a amar,
para sobreviver.

Procuro desesperadamente
o crepúsculo,
para no começo de cada anoitecer,
com olhos
ofuscados por suas cores à alma despertar,
inútilmente. Deveria fechá-los,
continuar  presioneira, e por castigo,
perder a visão do luar,
deixar a vida lá fora e do amor esquecer.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 27/07/2020
Código do texto: T7018685
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.