JARDIM FUNÉREO

Tenho em meu jardim algumas sobras
De flores plantadas em certo tempo
Como todas, aromatizadas e dengosas
A espera de jogar cabelo ao vento.

Algumas atrevidas a ser mórbidas
Brincam de na terra ser fedidas
E enquanto o jardineiro não as poda
Presenteiam o vento com alergias.

De uma, eu sei bem, a sua jogada
Na terra gosta ela de ser prostrada
Influenciando as outras a sofrer.

Caindo na lábia, todas elas, assassinas
Matam eu e o jardineiro com pesticidas
Enganando-nos na delicadeza do ser!

- Francielly Fernandes
- 27/07/2020
Francielly Fernandes
Enviado por Francielly Fernandes em 27/07/2020
Reeditado em 28/07/2020
Código do texto: T7018541
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