Eu, mulher

Promíscua

Acabo e abandono tudo

Antes de me despedir

Vácuo

Dificuldade de criar laços

Preciso deixar para trás e acreditar

Que tenho razões suficientes parar querer voltar.

Renuncio

Porque não evoluo parada

Estagnada

Dou passos para frente

Sem olhar para trás

Recomeçar

Voltar a estaca zero

Zona de conforto

É a própria morte em vida

E eu me alimento de extremos

Mudanças

Dualidades

Tento não me paralisar

Com os meus privilégios.

Minha pira

Pilha

É ficar ligada

Carregada

Nas minhas potências

Lados opostos

Só funciono com meu

Polo positivo

Polo negativo

Completos.

Gosto do que é complexo

Do enfrentamento

Superar limites

Se não tiver eu invento

Não temer as perdas

Porque delas me fortaleço

Sou rainha mudas da oportunidade

O que vier

Eu agarro

Assumo

E sumo

Não receio a infidelidade

Não assino contratos

Que exigem a eternidade

Em meu dicionário só reconheço

A lealdade

De seguir o fluxo sendo eu mesma

Sendo solitária

Ao desviar de padrões pelo caminho

De tentar me emancipar

Dessa síndrome de impostora

Ao escrever esse texto

Carregado de tanto

Cinismo

Verdade.

Bruna Larissa Nogueira
Enviado por Bruna Larissa Nogueira em 27/07/2020
Código do texto: T7018463
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