AS NUVENS
As nuvens correm, lentamente...
Perpassam sobre o mundo altaneiras
E choram quando os ventos as ferem
Em sua acidez coagulada.
As nuvens vivem e morrem,
Seu destino é o findar da água
Que despenca sobre a terra macia...
Igualmente gritam quando os raios
Desovam a energia do seu ventre.
É sua gênese que alimenta os campos,
Dá vida aos rios e sacia a sede
Dos que consomem respiração abaixo de si...
Escuras são pesadas; brancas, suaves!
E no arrebol da manhã e no pôr-do-sol,
Avermelham-se, como a dizer que vivas estão!
DE Ivan de Oliveira Melo