Bálsamos do "sentir"...
Assentaram-se com neutralidade
No caminho do meio
Sendo comuns
Sem expressar indiferença
Superioridade
Ou qualquer mal algum
Dissolveram as carapaças
As velhas armaduras
Trazendo a superfície o "ser"
Deixaram-se aconchegar
Para sentir o olhar
Até se embevecer
Pois é tanta gente adoecida
Vivendo pseudo-partilhas
Da vasta matrix virtual
E nois aqui
Dançando a dança dos mortais
Sem identidades superficiais, nem mesmice
Permeando os nossos universos
Entrelaçando a matéria
A alma, a união
Despojando-se do autocentramento
Das falas exacerbadas
E de toda racionalização
Desmembrando os invólucros
As diversas fronteiras
Que desfazem a conexão
Envolvidos no dialeto d'alma
Avolumando o tempo
Sem evocar formas, estruturas e qualquer outra configuração
Acessando n'ssa intimidade
Degustando no âmago
A profundidade de cada ser
Dando abertura para o silêncio reverberar
A beleza oculta das nossas paisagens íntimas se manifestar
E nesses recortes do infinito
Esboçamos, bálsamos do "sentir"...