CARÊNCIA
Ó consciência minha, por onde desejas que eu caminhe?
Não há devaneios, os sonhos fatigados, descansam.
Que campus onírico devo então produzir
Se não há imagens e tudo está deserto?
Se a plataforma é nula, não há quaisquer perfis...
Como posso buscar a inspiração
Se a sensibilidade dorme aleatoriamente?
A terra é movediça, nela tudo se perde, nada se transforma.
Ponho toda a imaginação à retaguarda,
Pois a impassibilidade domina o talento
E o querer tão esperado é uma esperança exótica
Em que os rastros sucumbem-se no anonimato
E a desventura é um pensamento assintomático!
DE Ivan de Oliveira Melo