Não há vida sem morte
Com o som da sonata moonlight de Beethoven
(No meu ouvido-mente),
Eu componho em diálogos,não socráticos,e não de imensa elegância em partitura,
O saber que a mim foi concedido.
Dado a mim o papel de não decifrar
(Porque não estás a ser decifrado,e sim lido),
Mas de interpretar e dizer os pormenores,
E sem me ater a utopias de maiores,
Dos maiores!
Dos que pregam salvar o mundo.
A tal sonata me trás um novo significado,e não só hoje,não só encontro,eu me encontro de fato,em um não tão lindo,mas ao mesmo tempo,silêncio-gritante,de um determinismo psíquico.
Hoje eu me encontro,como outrora fui,"deixei" de ser,e agora sou de novo,estou?
Não,sou.
Ela ainda soa em minha mente,como partitura do que se faz a minha frente,e como leitura,não imposta,não viezada,mas o que é.
E eu torno a ser,o que sempre fui,e o que deve ser.
Qualquer um que ouse nascer,que ouse viver,
E viver também é,
Morrer.
Eu me dou ao luxo de apreciar os provérbios populares,que SIM,trazem grande sabedoria,
E me dou ao luxo de tomar o que é meu,ser quem eu sou,e dizer,
"Nada se faz,tudo é."
Nada se muda com uma idéia,as coisas são,
E mesmo assim não é inútil fazer o que fazes,até porque,a idade sempre chega.
E o olhar para si,"conhece-te a ti mesmo",já não é uma simples frase para status,como nunca deveria ser.
Livros não,bons livros,como? Os que dizem mais sobre quem de fato somos.
Não se vanglorie,não se mostre,não se faça ver,
Seja!
Faça do olhar para si tão natural quanto beber água.
Acalmam pensamentos...
Eu tomo um fio,que volto a seguir,seguir sem questionar? Não se faz aposta,sem olhar as probabilidades,e não se faz escolha,sem se perguntar de onde vem essa pergunta,e não se faz vida,sem morte.