AURICELESTE MANHÃ
Auriceleste amanhecer...
Como a brisa rósea dos vales da serra
Desenhando círculos de pétalas
No horizonte de gaze estendida
Nessa frescura dos rios matinais
Na transparência de novas cores
Que ondulam ao sol seu poema...
Auriceleste anoitecer...
Como as estrelas no céu diluídas
Na memória guardada da tua ausência
Sinto tua essência sem saber teu nome
Na tentação de tantas máscaras felizes
Desejo esse silêncio na solidão da noite..
Quero libertar-me até esquecer a alma
Atravessar paredes (tudo que me aprisiona)
Vencer tempos de enredos e tropeços
Extinguir murmúrios e quebrar limites...
Ser tua sombra e sonhar na sombra
Na existência do amor ressuscitado
Falar contigo nesse deserto das almas...
Andar lentamente como as palavras
No meu sono (de vida e de morte)
Dizer com clareza o que se esconde em segredo
Ser coral de pensamentos no mar da incerteza
Vou doando minha vida até desfalecer
Completamente sem prêmio ou felicidade
Nascimento?
Liberdade?
Cativeiro?
Redenção?
Na direção remota para que um dia amanheça...