AURICELESTE MANHÃ

Auriceleste amanhecer...

Como a brisa rósea dos vales da serra

Desenhando círculos de pétalas

No horizonte de gaze estendida

Nessa frescura dos rios matinais

Na transparência de novas cores

Que ondulam ao sol seu poema...

Auriceleste anoitecer...

Como as estrelas no céu diluídas

Na memória guardada da tua ausência

Sinto tua essência sem saber teu nome

Na tentação de tantas máscaras felizes

Desejo esse silêncio na solidão da noite..

Quero libertar-me até esquecer a alma

Atravessar paredes (tudo que me aprisiona)

Vencer tempos de enredos e tropeços

Extinguir murmúrios e quebrar limites...

Ser tua sombra e sonhar na sombra

Na existência do amor ressuscitado

Falar contigo nesse deserto das almas...

Andar lentamente como as palavras

No meu sono (de vida e de morte)

Dizer com clareza o que se esconde em segredo

Ser coral de pensamentos no mar da incerteza

Vou doando minha vida até desfalecer

Completamente sem prêmio ou felicidade

Nascimento?

Liberdade?

Cativeiro?

Redenção?

Na direção remota para que um dia amanheça...

Oliveira Vilma
Enviado por Oliveira Vilma em 22/07/2020
Código do texto: T7013782
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.