Meu refúgio
Para se chegar ao meu canto
Há de se passar por uma cancela
Que há de causar espanto
Ao se exigir uma chancela
Para evitar sorrateiros
Deve-se transpor alfândega
Desnudar o bagageiro
E provar o que se alega
Vedado fica o amor clandestino
Ou vírus que venha impregnado
Que possa mudar o destino
De quem está tão sarado
Não vai entrar notícia falsa
Aqui não se lava moeda
Embarque em outra balsa
Pegue o caminho das pedras
Onde eu tenho o meu castelo
Cercado de enorme muro
Guardado por vara de marmelo
Minha apólice de seguro