Meu refúgio

Para se chegar ao meu canto

Há de se passar por uma cancela

Que há de causar espanto

Ao se exigir uma chancela

Para evitar sorrateiros

Deve-se transpor alfândega

Desnudar o bagageiro

E provar o que se alega

Vedado fica o amor clandestino

Ou vírus que venha impregnado

Que possa mudar o destino

De quem está tão sarado

Não vai entrar notícia falsa

Aqui não se lava moeda

Embarque em outra balsa

Pegue o caminho das pedras

Onde eu tenho o meu castelo

Cercado de enorme muro

Guardado por vara de marmelo

Minha apólice de seguro

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 22/07/2020
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