paraíso

pensei que já era tarde. que o amor havia morrido

nestas águas - do mar - que molham a manhã e a cidade.

ou diante dos pássaros que passam

intermináveis e alheios.

ou naquelas horas eternas

quando sinto a delicadeza perdida dos seus beijos.

não. o amor não morreu:

espera pelo último encontro, juntando alegria e tristeza

e todas as coisas que amamos.

...

seremos, então, como adão e eva

surpresos e surpreendidos

pelo pecado do amor que fere e que mata, mas que é definitivo!

Marco Xavier
Enviado por Marco Xavier em 21/07/2020
Reeditado em 12/02/2021
Código do texto: T7012566
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