MINHAS FÉRIAS

Estou fazendo minhas malas...

Olhando para o céu – cheio de mistérios!

Para ver que tempo faz, que tempo fará...

Pensando na estrada, nas barreiras,

Nas pedras soltas e fissuras...

Parto para minhas férias

Longe da cidade grande, será?

Que encontrarei o sossego que preciso?

Cansada de obrigações, decepções...

Onde reside a negação da própria vida?

Onde estão os meus amigos?

Onde se esconderam de férias?

Eu vou para a Ilha do Nanja

Onde se ouve a grossa voz do fogo

Subterrâneo – contar histórias mirabolantes.

O ar está cheio de nuvens sulfurosas

À beira das lagoas verdes e azuis

O silêncio cresce como um bosque

Sossego? Vou andando tranquilamente

Como num sonho perdido no tempo...

Poesia? As moças cantam e dançam

Cantigas de outra época

Os homens tocam e cantam

Em dias de festas pelas ruas

Atapetadas de flores por onde passam

Procissões que cantam e segue seu passo...

O dia amanhece todo azul com sol claro

Os passarinhos voam alegremente

De repente, tudo desaparece...

Uma névoa cinzenta envolve montes e praias

Não há maior distração do que contemplar

As inconstâncias do céu na ilha do Nanja.

Quando eu voltar de férias...

Nem vou precisar fechar os olhos

Já estou vendo os pescadores com suas barcas

E a moça a esperar seu amor na janela

De outra ilha cheia de inconstâncias e sonhos!

Oliveira Vilma
Enviado por Oliveira Vilma em 21/07/2020
Código do texto: T7012431
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