Clausura
A espinha eriçada da clausura se senta elegantemente à mesa e dá de comer aos seus medos. As dobradiças do abandono rangem e implodem as vigas da palavra amor.
Você ali, em estado de estagnação, dilacerando
músculo,
pele e órgão
para levantar ao menos um dos seus múltiplos corpos na intenção diminuta de lançar-se à janela. - O possível respiro-.
Mas a miragem lá fora desemboca mesmo é na paisagem de dentro;
deserto.
“Entendeu onde doeu?”, é a pergunta que retumba aqui a cada fragmento desse vídeo. Eu entendi! A Vida no epicentro da dor.
Não é entretenimento! É provocação!
É um disparo no peito na tentativa de descobrirmos em qual parede desse claustro a nossa vida foi cimentada.
{Texto produzido como sinopse de um projeto de cinema na quarentena.}