ROTINA
Dia surgindo...
Sutil contentamento
Se instala nos lábios
Das crianças que dormem,
Ainda...
Nuvens plúmbeas
Desenham um céu cinzento
E os pés se tocam, alvoroçados,
A cutucar a coceira que arranha.
O que se sente
Não se pode olvidar...
O que existe,
Inexiste nos sonhos.
O Sol avança,
O calor amedronta
A liberdade de brincar
Na seara do dia...
A tarde campeia,
A preguiça distorce
A faina do estudar
Nos semblantes infantis...
A noite chega,
A madrugada configura
Os devaneios indeléveis
Do que se chama vida!
DE Ivan de Oliveira Melo