A mais bela emoção
Eu ando distraído do mundo,
olhando uma paisagem fictícia
na cruz de São Pedro
o primeiro vigário de Cristo.
Lágrimas de ternura e o medo
caem em gotas cristalizadas,
na patena de um inocente crucificado,
que não teve medo do mistério,
que disse sim ao futuro
insano que estaria por vir.
Luto nas trevas tropicais
de uma enchente de verão,
remando em sua direção,
de coração contrito,
vivendo uma total submissão.
Ventos levam minhas súplicas até você,
meu pedido de perdão,
em um vai e vem de climas pesados
que me fazem chorar por ti.
A minha consciência vive
sintonizado ao dela, como cravos
pregados nos pés daquele
que nos amou até o fim.
Essa sensação da espera flutuante,
pela bela menina ingênua,
mas perfeita como pintura em tela
percorre museus e bares das esquinas
a espera da mais bela emoção!