Espíritos resistentes
Quando éramos memórias
Cores mais vivas
Percorriam as ruas estreitas
Lapidadas por saudade
Pontilhadas de lágrimas
Sangue e suor
Recatos escondiam desejos
Rebeldia e desprezo
Encontros furtivos na noite escura
Palavras sussurradas disfarçavam a ira
Energia pulsante de corações sonhadores
E as luzes vermelhas que caçavam,
Como feras, as suas presas
Abafadas estavam as vozes
Calados os peitos
Ao amanhecer, a luz percorria os espaços
Encontrando mentes adormecidas
Corpos cansados
Espíritos resistentes