Rio que passa

Estando diante d’um rio a passar calmo

Iluminado pela lua cheia de afago

Encha-se com presteza de lirismo

Sempre na companhia de um velho amigo

Tenha perto um gole de coisa qualquer

Que realce o teu desejo íntimo de amar

E não esqueça a música e de conceber

Por melodia o que faz cada barco embalar

E se mesmo diante disto; não te emocionar

Tenha em mente, junto de ti, a bem amada

Que não terá jeito, irás por certo chorar

Assim como eu, enamorado aqui estou

Deslumbrado com a graça do rio que passa

Vertendo de lágrimas a nascente que sou.