INVERNO
Folhas mortas no chão
Acumuladas, preparadas
Para sua metamorfose
Temperatura caindo, unindo
Corpos sedentos de carinho
Aconchego, um chamego
Roupas cheirando a naftalina
Nos convidam a compartilhar
Seu odor, sua textura, sua clausura
Uma taça de vinho, uma lareira, um tapete
Corpos entrelaçados, apaixonados
Uma noite de inverno, uma cabana
Aconchegados sob a luz do lampião
Revelação de uma paixão
Ao som de uma melodia
Que inebria, contagia
Determina, contamina
Noites de inverno...
Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 17/07/20