DECLARAÇÕES
Eu me entreguei, Sol
mergulhei nos sentimentos
e, logo eu
que não sei falar de amor
vivi a liberdade de um sonho azul.
Mar, sereias, peixes;
mergulhei, Sol
porque a vida só vale a pena
quando o medo não assombra
nossa vontade de viver.
Errante homem
ou quem sabe sombra
do que é a eternidade:
pude ser feliz, Sol
naquele breve instante de luz
que faz da paixão humana
o fogo que arde na alma.
Ah, Sol, meu doce,
doce Sol,
não corro mais às cegas
nem tenho que temer a voz do luar.
Escuto-o, como todo que ama
e que ama tudo o que existe
no sentimento de amar.