O último
Os dias passam
e lembro de você.
Lembro tanto,
que realidade e desejo de confundem.
Lembro, jurando para mim mesmo que
faço isso buscando esquecer.
Lembro, tentando
finalmente te dar as costas.
Quanta besteira.
Não adianta.
Você surge, escuto sua voz
cantando junto com o vento
e com chuva,
e o meu coração acelerado
me entrega.
Mais uma vez, eu fico
igual a um moleque apaixonado
e covarde demais,
escondido embaixo do sofá.
Minha nossa,
quantas vezes mais
os teus distantes olhos ébrios
irão me derrubar?!