MINHAS ASAS

Prazer etéreo
que me leva espaço afora,
sem ter hora de chegar
ou, sequer, de ir embora.
Deixo que o vento me leve
impulsionando-me as asas,
fina gaze, um quase nada,
transparentes, fortes, belas.
Mas meu amparo são elas,
nessa busca que empreendo,
(que eu mesma não entendo),
na ânsia infinita e contrita,
da qual nunca me arrependo.