Chuva de julho
Rever algumas coisas lindas da infância
é alimentar a alma.
Ontem numa chuva da noite,
chuva forte e repentina, que veio e foi com
a mesma rapidez...
Foi gostoso, a recebi como presente,
e a minha imaginação voou.
Lembrei do último rio da minha infância,
não esqueço àquelas pedras,
dentro das águas, como à me mostrar,
o quanto é lindo a natureza.
E o contraste do horizonte azul com verde,
à me dizer, não procure ao longe,
aqui mate, sempre a sua sede.
A chuva de julho, inesperada, fez
na minha alma escorrer estranha alegria,
fluiu a paz, que me invadiu,
tanto quanto, as folhas que se refrescaram,
e o sol da manhã as cores das flores
ressaltou.
Outro azul no céu se fez,
que predominou em minha alma
feito àquele horizonte antigo,
de esperança.
Plantas viçosas, a mente organizada,
o dia vai findar sem muita agitação,
fazendo com que eu esqueça àquele
quem tem uma pedra no lugar do coração.
Liduina do Nascimento