Sono de verão
Em meu conto de existência crua
Danço vibrante com os pés sangrando
Se vivo ou arrefeço em loucuras de horror
Já não sei, já não sinto
Esvai-se no delírio sossegado de embalo cego que é o meu coração.
Lamento a perda banal do fraco Eu que se desfez
Insana dor, que me fere e me faz rir
Grito. Beijo. Choro. Amo
Redesenho o semblante calado na vívida tormenta, e a lápide vã de socorro que peço em silêncio
Desapareço. Em medo . Em mim.
Assim, mergulho ingênua em sonhos de amor
Acordo assombrado no pântano lodoso da realidade.