Sono de verão

Em meu conto de existência crua

Danço vibrante com os pés sangrando

Se vivo ou arrefeço em loucuras de horror

Já não sei, já não sinto

Esvai-se no delírio sossegado de embalo cego que é o meu coração.

Lamento a perda banal do fraco Eu que se desfez

Insana dor, que me fere e me faz rir

Grito. Beijo. Choro. Amo

Redesenho o semblante calado na vívida tormenta, e a lápide vã de socorro que peço em silêncio

Desapareço. Em medo . Em mim.

Assim, mergulho ingênua em sonhos de amor

Acordo assombrado no pântano lodoso da realidade.

Sara Beatriz Serra
Enviado por Sara Beatriz Serra em 17/07/2020
Reeditado em 05/07/2021
Código do texto: T7008376
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