Teu Poder
Foi uma forma de poder oferecida,
E entre você e os outros,
Paredes foram erguidas.
Amizades de tantos anos destruídas,
Quando olha no espelho,
A imagem que aparece é distorcida.
Horas se acha um pobre coitado,
Fez o necessário e tem a vida perseguida,
Pois quem fala de você não te conhece,
Só contam histórias inventadas,
Falácias, injúrias, verdades inverídicas.
Mas logo o ego te embriaga,
Pelo poder se sente entorpecida,
A ilusão cria um culpado,
Irá perseguir o desgraçado,
Até o seu desejo e vontade,
Seja aclamada e pelo outro atendida.
Não deseja medir forças,
Mas exterminar,
Sempre de cabeça erguida,
E depois finge remorso,
"Avisei, olha só, não fui ouvida".
Personagem em conto de fábulas,
Onde o cordeiro indefeso é o vilão,
E o lobo só deseja saciar,
Sua fome, o seu ego e mostrar o seu poder,
De forma lenta e sem moderação,
Só sente o gosto do sangue,
Deixa o resto ao chão,
Dá alimento aos abutres,
E ao ego contemplação,
Força regenerada,
Poder em renovação,
Outro irá perseguir,
Buscando a exaltação.